A mulher no mercado financeiro | EA Banking School

A atuação das mulheres no mercado de trabalho tem sido tema recorrente, reflexo de um inegável crescimento e presença cada vez mais forte do sexo feminino em diversas áreas. No mercado financeiro, não é diferente. Alguns órgãos e instituições de pesquisa mostram esse avanço, é o caso dos últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Instituto, com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), cerca de 4 milhões de mulheres entraram no mercado de trabalho - incluindo o mercado financeiro brasileiro - desde o ano de 2014. O estudo mostra que o público feminino, atualmente, representa quase a metade de toda a força de trabalho no país.

Mesmo que a evolução seja nítida, as mulheres ainda enfrentam muitos desafios ao tentarem ingressar no mercado financeiro brasileiro. Por isso, este artigo, apresenta o atual contexto das mulheres no cenário da área.

Por que as mulheres no mercado financeiro ainda são minoria?

Se o crescimento é alto e já começa a alcançar 50% da realidade do mercado de trabalho, então por que as mulheres ainda não são encontradas com tanta frequência no mercado financeiro?

Isso é reflexo de uma área até pouco tempo predominada por homens e, também, por uma falta de cultura de investimento durante a vida. Hoje, a maioria das pessoas sabe pouco e, algumas, nada sobre finanças e investimentos.

Este também é um fator que acaba afastando as mulheres no mercado financeiro.

Entretanto, bem como toda a sociedade, o setor também vem deixando de ser homogêneo e criando uma realidade cada vez mais mesclada e, assim, demonstrando um potencial que, por muito tempo, ficou escondido.

A realidade atual da mulher no mercado financeiro

O ano de 2021 segue tendo o desafio de fazer o público femino ter mais protagonismo dentro do mercado financeiro. Por mais que tudo venha mudando ao longo dos anos, a diferença permanece significativa.

Para se ter ideia, em um levantamento feito a partir de dados da ANBIMA e de outras entidades do setor, os índices comprovam que a presença mais forte na área ainda é a de homens. Entretanto, a certificação CPA-10, começa a mostrar que uma virada do público feminino pode acontecer nos próximos anos.

Na Certificação Profissional ANBIMA - Série 10, que é considerada a porta de entrada dos profissionais no mercado financeiro, por dar a autorização necessária para atividades de distribuição de produtos de investimento, as mulheres são a maior fatia. Atualmente, 58% dos profissionais CPA-10 são do sexo femino.

Conforme dito acima, por ser a primeira etapa de um profissional do mercado financeiro brasileiro, este dado pode significar que as mulheres estão mais interessadas no setor e dão mostras que o cenário é positivo para o futuro.

Entretanto, em outras certificações a realidade ainda é pouco satisfatória.

Para a Certificação Profissional ANBIMA - Série 20 - o cenário volta a ser de minoria, mas a diferença não é mais tão grande. As mulheres no mercado financeiro representam, atualmente, 45% dos profissionais que atuam nos segmentos de alta renda das instituições financeiras.

Nas Especialistas em Investimentos, que contam com a certificação CEA, a diferença cresce mais. Hoje, são apenas 35% do número de profissionais certificados. Os homens ficam com a maior parcela, de 65% ao todo.

A disparidade fica ainda mais evidente quando falamos sobre a certificação de maior prestígio no mercado financeiro, a Certified Financial Planner (CFP®). Apenas 23% dos profissionais certificado são do sexo feminino

Como se tornar uma profissional do mercado financeiro ou uma investidora?

Aumentando um pouco o leque de análises para concluir este artigo, pegamos um estudo feito pelo Boston Consulting Group que aponta para o volume de recursos em poder das mulheres em 2023. Segundo eles, deve somar os US$ 93 trilhões, resultado do crescimento, a taxas recordes, de capital nas mãos do público feminino, de US$ 5 trilhões ao ano.

O que isso significa?

Mostra a evolução da participação feminina na Bolsa de Valores brasileira.

No Tesouro Direto, o número de investidores cadastrados no programa aumentou nove vezes do fim de 2015 até o mês de dezembro de 2019, hoje conta com 5,6 milhões de investidores, dos quais 31,4% da base corresponde ao público feminino.

Em dados da B3, realizados pela XP Inc., em 2020, as mulheres representaram 26,2% dos 3,2 milhões de pessoas físicas cadastradas e contam com uma taxa de crescimento de 118,1% na comparação ano a ano, muito à frente da evolução de 84,3% do público masculino.

É fato!
 
As mulheres são presenças cada vez mais fortes no mercado financeiro e podem transformar a realidade de muitas áreas. Mas, para isso, é necessário um entendimento amplo sobre o cenário do universo financeiro e a maior escola de Educação Avançada para o setor é apoiadora e está pronta para dar a você o aparato necessário para chegar lá.
 
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Não importa o quão grande seja o desafio, nós faremos você, mulher, chegar com toda a força para se destacar no mercado financeiro.

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Realizamos uma programação online e gratuita dedicada às mulheres nas nossas redes, em especial o canal do YouTube, para falarmos sobre o tema. Abrimos espaço para novas discussões e para aprofundar cada vez mais o papel da mulher no mercado financeiro.

Assista à playlist abaixo:

Mulheres no mercado financeiro e de investimentos, com Patrícia Cezar, CEO e sócia-fundadora na Zahl Investimentos.

 
 

As mulheres no mercado de criptoativos, com Dayana Uhdré, Procuradora do Estado/PR, Autora, Doutoranda e Coordenadora do Grupo Permanente de Discussão de Criptoativos da OAB/PR

 
 
Empoderamento feminino e empreendedorismo, com Nina Silva, CEO do Movimento Black Money & D'Black Bank | ForbesWomen
 
 

As mulheres e as certificações do mercado financeiro, com Marisa Dornelles, CFP®️ e Embaixadora da Planejar.

 
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