Liquidez corrente, imediata, geral e seca. Entenda!



Entender como uma empresa se encontra financeiramente e economicamente faz parte da proteção patrimonial do negócio, certo? E é exatamente neste ponto que os indicadores de liquidez se aplicam!


Ter ciência e conhecimento sobre ferramentas que possam auxiliar o profissional a saber a quantas anda seu negócio ou investimento é essencial para que ele se desenvolva com saúde. Sim, isso mesmo que você leu: a saúde organizacional e do ativo fazem diferença no mercado.


Levando isso em consideração, e entendendo a necessidade de análise constante de atividades empresariais, neste post queremos esclarecer o que são, como funcionam e para que servem, de fato, os indicadores de liquidez.


O que a liquidez representa no campo empresarial e financeiro?


Antes mesmo de entender o que são indicadores, é importante ter uma noção básica do que a liquidez significa no contexto econômico e negocial.


No sistema negocial, a liquidez diz respeito à capacidade de solvência de uma empresa, ou seja, se esta possui ativos suficientes convertíveis em dinheiro para honrar com as obrigações e compromissos por ela assumidos.


No viés financeiro de investimentos, a liquidez diz respeito também a um ativo que poderá ser convertido em valores sem perdas, mas, neste caso, não se visualiza a solvência, e sim a capacidade de conversão da aplicação sem desvalorização de seu valor. A facilidade com que um investidor consegue vender seu investimento em ativos (títulos públicos, poupanças, ações etc.) é ligada à cotização de resgate sobre o investimento.


Ambos os entendimentos, que são complementares, serão tidos como base de toda a explanação a seguir.


Para que servem os indicadores de liquidez?


Os indicadores de liquidez funcionam como um meio para a análise da capacidade monetária de uma empresa para cumprir com as obrigações do passivo (despesas e dívidas), logo, eles supervisionam a saúde financeira de qualquer negócio a fim de garanti-lo em vigência.


Por exemplo, se o fluxo caixa de um negócio é bem administrado – tanto para entradas como saídas – estamos falando de uma organização com alto grau de liquidez.


Como reunir informações sobre estes indicados?


O balanço patrimonial é a forma pelo qual os gestores irão reunir dados sobre os ativos e passivos de uma empresa e, assim, calcular seus índices, averiguando a solvência da organização. Parece difícil pela definição, mas ficará bem mais simples quando se entende cada indicador.


Desta maneira, é importante que se tenha conhecimento acerca do conceito e aplicabilidade de cada um dos tipos de indicadores de liquidez para analisar o cumprimento de obrigações de uma empresa, bem como se ela vale o investimento em seus ativos. Vem conosco?


Quais são os indicadores de liquidez?


Os especialistas do universo financeiro, econômico e negocial ampliam o conceito de indicadores de liquidez em 4 modelos distintos, que serão basicamente utilizados pelo setor de contabilidade de uma organização.


Cada indicador, além de ter um modelo diferenciado de análise, ainda diz respeito a um prazo e capacidades de adimplemento diferentes. O passo 1 é observar a fórmula de cada indicador para o resultado final:

  • bom grau de liquidez: resultado maior que 1;

  • recursos se igualam ao passivo: resultado = 1;

  • não vislumbra possibilidade de arcar com as obrigações: resultado menor que 1.

Neste ponto, é perceptível que valores maiores que 1 indicam altos graus de liquidez, ou seja, de adimplência, enquanto graus iguais ou menores que 1 podem significar tanto incapacidade de pagamento ou recursos concentrados a longo prazo (e por isso não disponíveis agora). Temos de analisar também a situação em que o resultado se aplica.


Mas para isso, vamos aos tipos de indicadores!


1. Indicador de Liquidez corrente


O indicador de liquidez corrente também pode ser chamado de comum por ter a função medir a capacidade financeira da empresa de adimplir suas obrigações a curto prazo. Essa, de fato, representa a saúde do caixa da empresa.


O indicador de liquidez corrente é o mais importante para averiguar como está a gestão financeira de um negócio, e é essencial que este indicador tenha como valor de seu cálculo o resultado superior a 1.


O cálculo de liquidez corrente se dá pela divisão dos ativos em circulação da empresa (os de curto prazo, como o estoque) pela passivo circulante (fornecedores, impostos, empréstimos etc.), e este balanço deverá ser realizado periodicamente, sem falta:

  • liquidez corrente: ativo circulante / passivo circulante = resultado (que deve ser maior que 1).

2. Indicador de liquidez seca


Sendo muito similar ao indicador de liquidez corrente, o de liquidez seca difere apenas quanto ao cálculo sobre o estoque. Por ser um índice conservador, faz um cálculo de ativos muito mais rigoroso, e por isso apenas considera as obrigações a curto prazo da empresa, ainda que esta não consiga vender o que tem estocado.


Diz respeito, então, ao real valor que a empresa tem a sua disposição – dinheiro em caixa, aplicações, bens e direitos, sem o estoque. Ainda assim, normalmente, se iguala ou pouco decai se comparado à liquidez corrente.


O formato do cômputo de liquidez seca dá pela retirada do estoque do ativo circulante e divisão da sobra pelo passivo circulante:

  • liquidez seca: (ativo circulante - estoque) / passivo circulante = resultado (que deve ser igual ou menor ao indicador de liquidez);

3. Indicadores de liquidez imediata


Os indicadores de liquidez imediata levam tudo em consideração – tudo mesmo: ativos disponíveis e passivos integrais – em conta, pois avaliam a possibilidade da empresa de lidar com uma emergência financeira. Este formato de indicador é importante justamente porque dará a visão ao gestor de como a atividade negocial poderia reagir com agilidade frente às inúmeras incertezas do mercado e manter-se em atividade.


O cálculo dos indicadores de liquidez imediata também retira o estoque e as contas a receber (já que tem que lidar com o que tem "em mãos"), utilizando apenas os ativos disponíveis para sanar o passivo circulante:

  • liquidez imediata: ativo disponível / passivo circulante = capacidade de solvência imediata;

4. Indicadores de liquidez geral


Na liquidez geral, os índices levantados averiguam a capacidade financeira da empresa a médio e longo prazo. Este indicador representa, então, se a empresa possui capital suficiente para cobrir todas as possibilidades de dívidas.


É importante constar que o cômputo da liquidez geral apenas poderá ser realizado com o apoio dos 3 indicadores anteriores.


Isso se dá por que o cálculo da liquidez geral, além de abranger todo ativo e passivo, são ainda adicionados os ativos realizáveis a longo prazo e o passível exigível a longo prazo, logo, tanto uma análise a curto prazo como a de média a longo prazo é efetiva:

  • liquidez geral: (ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo não circulante) = capacidade de solvência

Considerando o conteúdo, indicamos uma leitura para o investidor em potencial sobre Como comprar ações. Com esses dados, sua compra será muito mais sólida.


Agora que você entende um pouco mais sobre o endividamento empresarial e os fatores pelos quais essa situação poderá ser avaliada, prevista e até remediada, é importante frisar que o controle da atividade empresarial influencia também na forma como os investidores encontram possibilidade de aplicações.


Se um gestor quer que o mercado financeiro trabalhe ao seu favor, é importante que possua um alto grau de percepção sobre a gestão financeira de um negócio. Aos investidores, busquem sempre empresas com alto grau de liquidez para investir, pois agora você possui conhecimento de como fazer seu dinheiro trabalhar para você.


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