Política Monetária: o que é? Como funciona? Saiba mais!


A política monetária é um dos mais importantes mecanismos de regulação da economia, e exerce um impacto direto não só na vida de investidores, mas como de qualquer cidadão. Por isso, é fundamental entender sua estrutura e como ela afeta a vida profissional de produtos de investimento.


O que é a política monetária?


Podemos dizer que a política monetária é o conjunto de estratégias e decisões tomadas pelo Conselho de Política Monetária, o COPOM, que diz respeito à condução da economia nacional.


Quatro vezes ao ano os diferentes técnicos que compõem o COPOM se reúnem para discutir a situação da economia nacional, seus resultados, novas metas e diretrizes a serem tomadas para endereçar diferentes situações.


Uma das principais decisões tomadas pelo COPOM é a definição da Taxa SELIC, que seria a taxa básica de juros da economia nacional.


Esse número ajuda a determinar os rumos da condução econômica do país.

A Taxa SELIC é, basicamente, a taxa que dá base para a maioria das demais taxas, especialmente no que diz respeito ao crédito. Dessa maneira, é possível controlar diferentes aspectos da oferta de crédito.


Essa taxa também determina a rentabilidade dos Títulos Públicos, o tipo de investimento mais sólido que há e que é responsável pela emissão de moeda. Isto é, para que mais dinheiro passe a existir, é necessária uma contraparte na forma de títulos públicos nas mãos de investidores.


Os tipos de políticas monetárias


Existem ao menos duas principais margens de atuação econômica em relação à economia:


Políticas expansionistas


As políticas expansionistas costumam acontecer para quebrar ciclos de contração financeira e evitar estagnação econômica.


Nesse tipo de política, geralmente passa a existir uma expansão da base monetária, com maior emissão de títulos públicos e, com isso, garantindo maior incentivo para que esses títulos sejam comprados.


Ao mesmo tempo, a oferta de dinheiro aumenta na sociedade, o que facilita a emissão de crédito, especialmente em setores chave, como infraestrutura, setor agrícola e indústria.


Esses períodos precisam ser controlados, pois o excesso de liquidez no mercado pode gerar inflação caso não exista um aumento considerável no volume de consumo e no fluxo de receita.



Caso muito dinheiro seja emprestado e entesourado em investimentos de prazo mais longo, isso pode gerar um aumento dos preços pela falta de uma contrapartida no consumo.

Políticas contracionistas


As políticas contracionistas, por sua vez, tem o propósito inverso da primeira, e busca "enxugar" a economia, saneando o descontrole creditício e incentivando a tendência à poupança, o que ajuda a controlar o crédito e aumentar sua qualidade.


Com essa mudança, o incentivo ao crédito diminui e, com a taxa SELIC menor, o governo consegue liquidar mais títulos com um preço menor e diminuir a base monetária, diminuindo a inflação e, consequentemente, a taxa de preços dos bens.



É natural que as economias tenham ciclos e que suas políticas monetárias se alternem de acordo com os cenários nacionais e também mundiais, por isso é fundamental o bancário estar sempre informado dos principais eventos.


O tripé macroeconômico

No Brasil, o tripé macroeconômico é uma diretriz importante para garantir a execução de políticas monetárias que evitam os riscos da hiperinflação como aconteceu no fim dos anos 80 e início dos 90. Essa política foi elaborada, inclusive, com o lançamento do Plano Real para garantir seu sucesso.


Ela consiste de três diretrizes fundamentais:


1. Meta inflacionária


Diz respeito justamente à Taxa SELIC, que mencionamos até agora. Ela é tão determinante para a boa execução das políticas econômicas que praticamente todas as instituições levam em consideração. Ela serve, inclusive, como base de remuneração para os principais investimentos de renda fixa, derivativos e outros investimentos fundamentais.


2. Câmbio flutuante


A questão do câmbio é muito importante na relação de compra e venda com outros países. Na política econômica nacional, o câmbio é flutuante, e isso significa que a cotação das moedas é proporcional à sua oferta e demanda. É por isso que diariamente acompanhamos a evolução do preço do dólar e demais moedas.


Essa não-intervenção política no câmbio é importante para manter a moeda nacional atualizada dos preços externos, evitando distorções sobre o entendimento da condução de nossa economia e mantendo o Real como uma moeda competitiva.


3. Meta fiscal


É fundamental que o Estado não gaste mais do que arrecada. Por isso, todos os anos o congresso envia um documento contendo a descrição e fonte de seus gastos, a chamada LOA. Qualquer tipo de novo gasto no curso do ano deve ser referendado pelo legislativo para ser incluído na execução orçamentária.


Entender a relação das políticas econômicas vai ser fundamental para manejar as taxas de adimplência, oferecer os produtos adequados para investimentos, fazer projeções e assessorar seus clientes. Aqui, inclusive, temos um conteúdo inteiramente dedicado à gestão da adimplência, por que você não continua seus estudos por lá?


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