Ninguém gosta de pagar taxas, não é mesmo? Mas, quando você encontrar um fundo de investimento que tenha a chamada taxa de performance, se alegre: ele pode ser um investimento interessante!
Para entender melhor porque isso se dá, o que é essa taxa e como ela pode influenciar na sua rentabilidade, é só continuar a leitura desse conteúdo produzido pela EA Banking School.
Você sabia que, quando se aplica em um fundo de investimentos, esses valores são convertidos em cotas? Estes recursos, ainda, são atualizados diariamente conforme a rentabilidade desse fundo de investimento, e a partir daí certas taxas recaem sobre ele. São elas:
taxa de administração: é um percentual anual deduzido diariamente das cotas de investimento de cotistas, independente da performance do fundo;
taxa de performance: bônus direcionado ao gestor de um fundo;
taxa de entrada: valor cobrado para ingressar em um fundo;
taxa de saída: incide no momento do resgate (antecipado) do investimento no fundo, sobre o percentual resgatado.
Para saber, ao certo, como essas taxas atuam para a manutenção de um fundo de investimento, é necessário entender quem são as pessoas por trás da administração desse tipo de aplicação diversificada.
Estas são as figuras por trás daquela sua carteira diversificada de investimentos:
gestor: responsável por garantir a rentabilidade de sua aplicação financeira, tendo como função traçar a estratégia da carteira do fundo;
administrador: responsável legal do fundo, prestando contas à CVM;
custodiante: é ele quem faz a guarda das cotas dos fundo de investimento (pode ser um banco);
distribuidor: quem comercializa as cotas;
auditor independente: fiscaliza e audita os fundos de investimento.
Por manterem o fundo de investimento em ação, todos estes profissionais fazem jus a uma fatia da taxa de administração cobrada de um investimento!
Primeiro, vamos esclarecer o que é a taxa de performance.
Ela nada mais é do que uma espécie de bônus direcionado à equipe de gestão do fundo no caso de a atuação financeira dele ser positiva a ponto de superar as expectativas de rentabilidade para além do índice de referência previamente definido.
Pense conosco: se a rentabilidade de um fundo de investimento depende diretamente do plano estratégico montado pelo gestor dessas aplicações, então é justo que ele tenha uma bonificação, caso determinado investimento apresente rentabilidade superior a ao indicador de benchmark previamente definido (também chamando de indicador-alvo, meta de rentabilidade), afinal, todo mundo sai ganhando.
Um exemplo prático seria: vamos supor que um fundo de investimento rendeu 130% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, definido como benchmark do fundo) nos últimos 6 meses, a taxa de administração já foi cobrada sobre o índice de 100% não havendo discussões sobre, mas a taxa de performance, por sua vez, será paga sobre os 30% que o fundo rendeu acima da meta dele. Entende como é um caso de win-win?
Quando dissemos, lá na introdução, que caso você encontrasse um fundo de investimento que tivesse recorrentemente uma taxa de performance cobrada nas aplicações isso seria interessante, é porque, de fato, esses fundos apresentam rentabilidade extremamente positiva no mercado financeiro, seja para o investidor, seja para a administração do fundo.
O gestor de um fundo de investimentos tem total interesse que você, investidor, tenha um bom rendimento, visto que isso é consequência direta das decisões acertadas daquele quanto ao momento de compra e venda de ativos.
É possível, inclusive, afirmar que há um alinhamento entre o gestor e os investidores do fundo, e a união faz a força, não é mesmo?
Ela é quem regula a taxa de performance de um fundo de investimento, de modo que define que uma taxa de performance só poderá ser cobrada mediante duas condições cumulativas:
é preciso que o objetivo de rentabilidade daquele fundo tenha sido superado;
o valor da cota do período de apuração tem de ser maior que o valor da cota do último período em que houve o pagamento da taxa de performance.
Como assim? É bem simples, na verdade: se a cota do fundo estava 20 reais no último período de pagamento da taxa de performance e, agora, no final do período de apuração atual, a cota está 25 reais, aí sim a taxa de performance poderá incidir sobre a rentabilidade do fundo, porém se o valor estivesse abaixo, seria necessário aguardar a próxima apuração para que a diferença seja compensada.
fundos arrojados: multimercados, cambias, de ações, de dívida externa, de renda fixa (alguns de de longo prazo).
No caso de fundos conservadores (referenciado, de curto prazo, e a maioria dos de renda fixa), estes são vedados de cobrar a taxa de performance.
A praxe de mercado é a cobrança de 20% sobre o que exceder o objetivo de rentabilidade do fundo de investimento.
E aí, entendeu o que é a taxa de performance e como ela se aplica na prática na sua cota de investimento? Viu como o mercado financeiro não é um bicho de sete cabeças?! Aproveite para aprender ainda mais sobre ele aqui no blog da EA!